“Qual é o animal mais inteligente?”
A pergunta é batida, mas alguns cientistas já têm em quem apostar. É difícil definir inteligência, mas provavelmente os golfinhos são os campeões no quesito. Cientistas chegaram a essa conclusão analisando as proporções entre o tamanho do cérebro e do corpo dos animais. Depois dos seres humanos, são os golfinhos que têm o maior número nesse cálculo.
Um bom exemplo de cetáceo inteligente é Kelly, uma “golfinha” que vive no Instituto de Estudos de Mamíferos Marinhos no Mississippi (IMMS). Ela foi treinada para ajudar na limpeza e pegar qualquer lixo que caísse no tanque. Cada vez que entrega uma tranqueira ao treinador, ganha um peixe. Inteligente, não é? Tem mais: Quando o lixo é achado e os treinadores não estão por perto, ela guarda embaixo de uma das pedras no fundo do tanque. E só quando um dos treinadores passa por perto, ela busca o lixo e vai cobrar a recompensa.
Inteligente, não é? Tem mais: Kelly percebeu que o tamanho do lixo não importa para ganhar o peixe. Então ela passou a esconder os papéis grandes e quando um treinador passa por perto, ela desce até sua pedra, rasga um pedaço de papel e entrega ao treinador para ganhar o peixe. Aí desce de novo, rasga mais um pedaço e ganha mais um peixe. Ela aprendeu a planejar e conseguir mais peixes com a mesma quantidade de lixo.
Inteligente, não é? Tem mais: Certa vez, uma gaivota caiu no tanque. Kelly a pegou e ganhou vários peixes pela captura. Eureka! Ela passou então a guardar o último peixe das refeições. Quando os treinadores saem de perto, ela leva o peixe de volta à superfície, atrai uma gaivota e depois de capturá-la, vai até os tiozinhos do instituto pra ganhar seu balde de peixes. (É impressão minha ou ela treinou os funcionários?) Depois de dominar a técnica, ela ensinou seu filho e outros golfinhos que ensinaram outros e por aí foi, até virar o esporte preferido do grupo. Aqui no Brasil também temos histórias de golfinhos inteligentes: Em Laguna, Santa Catarina, pescadores dependem dos cetáceos pra pescar. Isso mesmo, dependem! Os golfinhos cercam os peixes no mar e vão conduzindo o cardume até algum lugar onde os pescadores podem pegá-lo facilmente com suas redes. Durante o processo, os golfinhos dão sinais de quando e onde as redes devem ser lançadas. O que os animais ganham com isso? Eles comem o que escapar.
E mais importante que tudo isso, golfinhos sabem fazer anéis de bolha!
Mudança climática pode ficar incontrolável em 40 anos.
As emissões de dióxido de carbono farão a temperatura média global aumentar 2ºC até 2052, e até 2,8ºC até 2080, já que dificilmente os governos e os mercados tomarão medidas suficientes contra a mudança climática. Um relatório divulgado pelo centro internacional de estudos Clube de Roma, com sede na Suíça, avalia que a mudança climática deve se tornar incontrolável na segunda metade do século se não for contida na primeira metade. O documento estima que a população global atingirá o auge em 2042, com 8,1 bilhão de habitantes, e que o crescimento econômico se desacelerará sensivelmente nas economias avançadas.
"É improvável que os governos aprovem as regulamentações necessárias para forçar os mercados a alocarem mais dinheiro para soluções climáticas, e não devemos assumir que os mercados irão funcionar para o benefício da humanidade", disse Jorgen Randers, autor do estudo. "Estamos emitindo a cada ano o dobro dos gases do efeito estufa que são absorvidos pelas florestas e oceanos do mundo. Esse excesso irá piorar e vai atingir o auge em 2030.
Em 2010, países do mundo todo concordaram em reduzir suas emissões de modo a manter neste século o aquecimento médio global em 2 graus Celsius acima dos níveis pré-industriais. Mas o relatório do Clube de Roma prevê que esse limite será alcançado bem antes do final do século. Cientistas dizem que, depois do limite dos 2 graus, o mundo poderá enfrentar uma catástrofe climática.
Randers disse que em 2052 o consumo per capita na China já deve ser de pelo menos dois terços do consumo nos EUA, e que o crescimento médio de 14 grandes nações emergentes, incluindo Brasil, Índia e África do Sul, deve triplicar nos próximos 40 anos.
"Esse crescimento irá melhorar o padrão de vida para muitos, mas terá um custo para o clima global. Embora o crescimento não deva ser tão explosivo na China, ele ainda assim será forte o suficiente para manter as emissões dessas nações crescendo até a década de 2040", acrescentou.
Já as economias dos EUA e Europa, mais maduras, terão declínio ou estagnação no consumo, e isso deverá evitar o esgotamento dos recursos globais de petróleo, água e alimentos até 2052. Um novo acordo climático global, envolvendo pela primeira vez a China e os EUA, que são os dois maiores poluidores do mundo, deve ser definido até 2015, para entrar em vigor até 2020 - data que especialistas dizem que deve ser tarde demais para limitar os danos.